A psicologia por trás do vício em jogos de azar: entender a mentalidade

Entendendo o vício em jogos: a estrutura psicológica

Definindo o vício em jogos de azar

O vício em jogos de azar, clinicamente chamado de jogo patológico ou jogo compulsivo, é caracterizado por um desejo incontrolável de se envolver em atividades de jogo, apesar das consequências negativas. É classificado por vícios comportamentais, paralelo a distúrbios, como abuso de substâncias. Os indivíduos que sofrem dessa condição geralmente experimentam uma necessidade compulsiva de jogar, impulsionada por fatores psicológicos e emocionais complexos.

Os fundamentos neurológicos

Para entender a psicologia por trás do vício em jogos de azar, é preciso olhar para os aspectos neurológicos envolvidos. O sistema de recompensa do cérebro, particularmente a liberação de dopamina, desempenha um papel crítico no reforço de comportamentos agradáveis. Quando um indivíduo joga, o potencial para uma vitória acende esse caminho de recompensa, invocando sentimentos de euforia.

A pesquisa indica que os jogadores patológicos exibem uma resposta desregulada da dopamina. A antecipação da vitória pode desencadear o sistema de recompensa do cérebro, levando a uma empolgação que ofusca os resultados negativos. Esse fenômeno geralmente resulta em um ciclo em que o indivíduo continua a jogar para recuperar esse sentimento eufórico.

Distorções cognitivas no jogo

A cognição influencia muito o comportamento do jogo. Muitos jogadores patológicos sofrem de distorções cognitivas, levando a crenças e expectativas irracionais. As distorções cognitivas comuns incluem:

1. A falácia do jogador: Essa crença sugere que os resultados passados ​​influenciarão os futuros. Por exemplo, um jogador pode pensar que, após uma série de derrotas, uma vitória deve ser publicada. Esse equívoco pode levar a um comportamento crescente de jogo.

2. Ilusão de controle: Alguns jogadores acreditam que podem influenciar o resultado de um jogo, especialmente em jogos baseados em habilidades. Eles podem sentir que, aplicando certas estratégias ou rituais, podem aumentar suas chances de ganhar.

3. Viés de excesso de confiança: Esse viés se manifesta na crença de um jogador de que eles são mais sortudos ou mais qualificados do que realmente são. Esse excesso de confiança pode impulsioná -los a jogar quantidades maiores, ampliando possíveis perdas.

4. Memória seletiva: Os jogadores geralmente se lembram de suas vitórias enquanto subestimam ou esquecem suas perdas. Essa lembrança seletiva reforça o desejo de continuar jogando.

Motoristas emocionais do vício

O vício em jogos de azar está frequentemente enraizado em fatores emocionais. Compreender essas emoções pode ajudar a identificar por que os indivíduos ficam presos neste ciclo.

1. Escapismo: Muitas pessoas recorrem ao jogo como um meio de escapar do estresse, ansiedade ou depressão. A emoção do jogo proporciona um alívio temporário do desconforto emocional, criando um paradoxo onde continua a jogar para aliviar as pressões da vida.

2. Perseguindo perdas: Quando os indivíduos sofrem perdas, a resposta emocional pode desencadear uma necessidade compulsiva de recuperar essas perdas. Esse comportamento de “perseguição” pode levar a um sofrimento financeiro e emocional mais profundo, perpetuando o ciclo de vício.

3. Euforia e regulamentação de humor: Os máximos associados às vitórias podem criar um padrão em que os indivíduos jogam não apenas para obter ganho monetário, mas para a montanha -russa emocional que ele fornece. Isso leva a uma busca contínua por esse sentimento eufórico, geralmente resultando em jogos adicionais.

Influências sociais e meio ambiente

O contexto social em que os indivíduos se encontram também pode contribuir para o início e a manutenção do vício em jogos de azar.

1. Pressão dos colegas: Círculos sociais que normalizam ou promovem o jogo podem exercer uma influência significativa. Amigos ou familiares que jogam frequentemente podem criar um ambiente em que o jogo é visto como uma atividade regular, e não como um problema em potencial.

2. Acesso ao jogo: O aumento da acessibilidade do jogo por meio de plataformas on -line facilitou que os indivíduos jogem do conforto de suas casas. Essa facilidade de acesso pode afastar as barreiras tradicionais, levando ao aumento de comportamentos de jogo.

3. Fatores culturais: As atitudes sociais em relação ao jogo podem variar amplamente. Nas culturas em que o jogo é comemorado e imbuído de noções de sorte e sucesso, os indivíduos podem se sentir mais obrigados a participar, aumentando o risco de dependência.

O papel do reforço

Os princípios de reforço são fundamentais na compreensão do vício em jogos de azar. O conceito de reforço intermitente, que se refere ao fornecimento de recompensas após um número imprevisível de tentativas, é particularmente importante. No jogo, os indivíduos experimentam vitórias esporádicas em meio a um mar de perdas. Esse padrão imprevisível pode criar um desejo mais forte de continuar jogando, pois a vitória ocasional serve como um reforçador poderoso.

Abordagens de tratamento

Compreender os componentes psicológicos do vício em jogos de azar pode melhorar as modalidades de tratamento. Abordagens eficazes podem incluir:

1. Terapia cognitivo -comportamental (TCC): Essa técnica terapêutica se concentra na identificação e alteração dos padrões negativos de pensamento associados ao jogo. A TCC ajuda os indivíduos a desafiar distorções, desenvolver mecanismos de enfrentamento e cultivar comportamentos mais saudáveis.

2. Entrevista motivacional: Esse estilo terapêutico incentiva os indivíduos a explorar suas motivações para a Gambting e as discrepâncias entre seu comportamento e objetivos. Ajuda a promover a motivação interna para mudar.

3. Grupos de apoio: Grupos de apoio baseados na comunidade, como os jogadores anônimos, fornecem uma plataforma para que os indivíduos compartilhem experiências, incentivo e responsabilidade. Esses grupos reforçam o apoio social e promovem a recuperação através do entendimento compartilhado.

4. Medicamento: Em alguns casos, os medicamentos podem ser prescritos para gerenciar condições psicológicas subjacentes, como depressão ou ansiedade, que podem contribuir para comportamentos de jogo. Os SSRIs e os estabilizadores de humor mostraram promessas em alguns estudos.

Estratégias de prevenção

As medidas preventivas desempenham um papel essencial na redução do início do vício em jogos de azar. O alcance educacional destinado a informar os indivíduos sobre os riscos de jogar e promover práticas responsáveis ​​de jogo pode ajudar a mitigar o vício em potencial.

1. Campanhas de conscientização pública: Essas campanhas pretendem educar o público sobre os sinais de vício em jogos de azar, promovendo assim um ambiente em que os indivíduos se sintam capacitados a procurar ajuda.

2. Programas de auto-exclusão: Muitos estabelecimentos de jogo e plataformas on-line oferecem opções de auto-exclusão que permitem que os indivíduos se proibam de acessar serviços de jogo por períodos definidos.

3. Definição de limites: Incentivar os indivíduos a estabelecer limites financeiros antes de se envolver no jogo pode ajudar a proteger contra perdas excessivas e o potencial de desenvolvimento de comportamentos viciantes.

4. Iniciativas de jogo responsáveis: As colaborações entre as partes interessadas para promover o jogo responsável podem cultivar uma cultura de consciência e responsabilidade, reduzindo o risco de dependência.

Conclusão

O vício em jogos de azar é uma condição multifacetada que entrelaça os componentes neurológicos, cognitivos, emocionais e sociais. Compreender os fundamentos psicológicos desse vício é crucial para indivíduos, famílias e profissionais que pretendem abordar e mitigar essa questão complexa. Ao empregar estratégias de tratamento eficazes, promover ambientes de apoio e promover os esforços de prevenção, a sociedade pode trabalhar coletivamente para combater o desafio generalizado do vício em jogos de azar.